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A vida em sociedade e o Coronavírus

  • Foto do escritor: rodapeworkfemale
    rodapeworkfemale
  • 7 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Sociedade: 1.associação amistosa; 2.conjunto de seres; 3.compartilhamento de valores, experiências e atividades; 4.convívio harmônico.

Definir sociedade nos leva a pensar sobre como a vida necessita das relações. Analisando a existência humana, percebemos a presença constante deações coletivas em ajuda ao próximo. Os temposdifíceis, de grandes depressões sociais, revelam essa nossa raiz fundamentada no cuidado com a comunidade, que se junta em prol de fortalecer os grupos mais vulneráveis. Esta é realidade que temos presenciado em meio à pandemia do Covid-19.

A pesquisa desenvolvida pelo Data Favela e pelo Instituto, organizou uma coleta de dados com 1142 entrevistas, entre os dias 20 e 22 de março deste ano, em 262 comunidades de todos os estados do Brasil. O resultado indicou que sete em cada dez famílias já viram a renda familiar abaixar nas últimas semanase 78% dos entrevistados dizem conhecer alguém que está passando por dificuldades financeiras, devido ao Coronavírus.

Com o objetivo de auxílio, pequenas iniciativas e grandes projetos têm se movimentado e arrecadado números expressivos de doações. Um exemplo bastante conhecido são as lives organizadas por artistas, que alcançam mais de 200 toneladas, tanto em cestas básicas, quanto em materiais de higiene pessoal e de combate ao vírus. Dentro de pequenas iniciativas, identificamos o projeto Amigos Sempre Amigos (A.S.A.).

O A.S.A. foi fundado no final de 2003, sob a coordenação de Sindovanis Gomes. O grupo é constituído por amigos de longa data, que se reuniam para jogar futebol sem compromisso; o que era brincadeira, virou coisa séria.Sem ligação com o governo ou entidades religiosas, o projeto finalizou o ano passado com o total de 10.800 quilogramas de alimentos arrecadados, proporcional a mais de 400 famílias beneficiadas

Desde o ano de 97, Sindovanis já fazia algumas ajudas, como forma de honra a memória da mãe. “Minha mãe quando viva, fazia doações para algumas pessoas. No dia do velório, muita gente me procurou para saber como e o que iriam alimentar. A partir desse dia, eu comecei”, conta. Percebendo a demanda, o idealizador resolveu mudar o modo de ação e se propôs a pedir ajuda no grupo de futebol que coordenava.Segundo ele, o início foi difícil, mas com o tempo, todos foram aderindo à ideia. As regras criadas nos jogos se adaptavam a ajuda humanitária. Quem pertencesse ao grupo, teria que trabalhar o coração e ser generoso.


Em virtude do Coronavírus, as ações do projeto estão limitadas. “Nós temos um grupo no WhatsApp. Quando começou essa quarentena, abri espaço para quem pudesse contribuir de alguma forma. Para evitar aglomeração em supermercado e o próprio contágio, eles mandam a contribuição na conta bancária e eu faço a compra. As entregas permanecem sendo feitas por cada um”, relata Sindovanis.

Assim como o A.S.A., existem outras pequenas iniciativas que se colocam a auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade, tendo o papel potencializado nessa crise. Podemos citar o Nós pelo Jk, que cuida das necessidades dessa localidade em Goiânia, levando educação, esporte, saúde e auxílio alimentício; e o Divulgue Meu Negócio, criado pelas atléticas dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicasda Universidade Federal de Goiás (UFG), que disponibiliza o perfil no Instagrampara anunciar empreendedores e trabalhadores autônomos na paralização.

Com essas ações, reafirmamos nosso papel na vida em sociedade, motivados pela solidariedade, coletividade e amor ao próximo.

Por Andreina Gonçalves e Maria Luiza Soares

 
 
 

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