A realidade dos profissionais de saúde em meio a crise do Coronavírus
- rodapeworkfemale
- 29 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de jun. de 2020
A realidade mundial agora não é a mesma de apenas três meses atrás. A crise do novo Coronavírus se iniciou em Wuhan na China e se espalhou por continentes e países deixando milhares de mortos, a economia extremamente turbulenta, necrotérios lotados e o sistema de saúde em colapso. Essas são características de consequências reais e desastrosas de uma pandemia.
A corrida hoje é contra a irresponsabilidade de governantes e conscientização da população, bem como também a preparação dos hospitais para receber e tratar todos os pacientes da COVID-19 e ainda outros casos graves de emergências.
No Brasil, as grandes capitais se preparam para esse atendimento. Segundo a Agência Brasil, o Rio de Janeiro inaugurou o primeiro hospital de campanha na semana do dia 25 de Abril, a capacidade máxima é de 200 leitos sendo 100 deles para UTI, que atenderá apenas pacientes do SUS infectados pelo coronavírus. Em São Paulo, o HMCamp foi montado no estádio do Pacaembu, na zona Oeste da capital com a capacidade de dois mil leitos. Ele está na ativa recebendo pacientes da COVID-19 em estado de menor gravidade que chegam das unidades públicas com o intuito de desocupar as UTI’s.
Os profissionais de saúde fazem parte do time que têm enfrentado duramente essa pandemia, com horas e horas de dedicação e e cuidados específicos, essas pessoas auxiliam no tratamento dos pacientes da doença. Samara Ferreira (27), enfermeira clínica de Goiânia, conta que uma das maiores dificuldades tem sido lidar com um vírus que não possui ainda tratamento regulamentado, tal como a vacina, e ainda, uma sobrecarga de casos neste momento torna mais favorável a contaminação de pessoas.
Ela nos contou também quais foram as mudanças nos procedimentos da clínica por conta do novo coronavírus: “Os funcionários já entram na unidade com máscaras, as idas ao banheiro e à copa foram reduzidos (sendo permitidos apenas 4 funcionários na copa para manter a distância mínima de 1m), além da higiene das mãos que passou a ser realizada não só após o contato com pacientes, passando a ser feitas após qualquer contato com superfícies ou objetos’. Com os pacientes, os cuidados também mudaram: “Os pacientes também já são admitidos com máscaras e assim permanecem até chegarem em casa, recebendo o lanche após a hemodiálise para ser consumido em casa. A limpeza e desinfecção de superfícies também aumentou”.

Fonte fotográfica: Exame
Esses profissionais da saúde, também vivem outro grande dilema nessa crise: a preocupação com a sua própria saúde e dos seus familiares. O fato de estar na linha de frente de contenção e tratamento do vírus, os expõe a um altíssimo risco de contaminação, fazendo-os temer por seus próprios pacientes e familiares. Dados do Estadão revelam que em Pernambuco, 1/3 dos profissionais que ajudam a combater a pandemia testaram positivo para o COVID-19, esse número chega a ser de 1.353 profissionais sendo eles, da rede pública e privada.
Ressaltamos com isso, a importância do uso de máscaras, luvas e demais EPIs descartáveis para os profissionais e também a esterilização com álcool 70%. Cuidados que precisam ser frisados nesse momento com o objetivo de proteger os profissionais e toda a população.
Reportagem produzida por Arieny Alves e Laura Panobianco
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